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sábado, 21 de julho de 2012

Os sinais da Mentira



Numa relação, há lugar para muitas diferenças. Os parceiros podem gostar de filmes de gêneros opostos, divergir sobre ter ou não um filho, adotar religiões e times de futebol diferentes. Quando se ama, tudo isso pode ser contornado, discutido, negociado e tolerado. Apenas uma atitude não admite negociação: a mentira - e a traição, em geral associada a ela. Nenhuma união sobrevive a essa dupla. Capazes de destruir a confiança e o amor, a mentira e a traição são as causas mais comuns de separações. Não esperamos nem perdoamos a mentira de quem diz que nos ama. Se pegamos nosso amor numa mentira, seja ela qual for, a confiança é abalada e abre-se espaço para o ciúme. Esse terrível sentimento envenena a relação e, onde antes havia entrega e espontaneidade, passa a haver desconfiança e insegurança. Depois de sermos enganados uma primeira vez, qualquer falha, qualquer mudança no comportamento do outro desperta nossa dúvida e nosso medo. O alerta fica ligado. Se há amor, quem mentiu e não pretende repeti-lo precisa ter sensibilidade para deixar claras as suas intenções e assim tentar recuperar a credibilidade junto ao parceiro, embora não seja uma tarefa fácil. 


Quando se pergunta a homens e mulheres sobre o que é importante para uma relação dar certo, a maioria diz: fidelidade, lealdade, confiança e carinho. Por outro lado, são considerados inaceitáveis a agressividade, a mentira e a traição. Para o casal que deseja viver feliz, recomendo: abram o coração e falem sempre a verdade, mesmo que isso mostre que vocês não são tão bacanas, ricos ou jovens como gostariam, mas confirmem que são honestos, confiáveis e leais.É isso que conta num amor verdadeiro. 


É mais fácil perdoar uma fraqueza momentânea do que uma mentira. Também é mais fácil perdoar o mentiroso que assume sua fraqueza, do que perdoá-lo quando sabemos da mentira através de outra pessoa, afinal ninguém gosta de ser enganado. O relacionamento deixa de ser saudável no momento em que a mentira atravessa a relação. A partir daí o mentiroso passa a conviver com dois fantasmas: o da mentira e o do medo de ser descoberto. Talvez por isso, muita gente passe a acreditar na própria mentira. É como se, assim, pudesse se defender. Entretanto, ao ser descoberto, “bater o pé e persistir na mentira só vai piorar a situação.



Sinais da Mentira

1. Movimentos – A movimentação do corpo tende a extremos. Ou o indivíduo se movimenta muito ou utiliza menos as mãos e e os demais movimentos do corpo. 

2. Tocar a face – Mentirosos costumam tocar na área em torno de sua face inferior, ou seja, coçar o nariz, tocar os lábios e queixo. Este é um instinto de nascimento, bem como quando uma criança cobre sua boca depois de uma mentira, só se desenvolveu com a idade em ações menos óbvia. 

3. Movimento dos olhos – Os olhos de gente desonesta tenderão a se desviarem para evitar o contato visual. No entanto, olhar em seus olhos por períodos prolongados pode também ser um indicador de uma mentira. Isso se dá porque os mentirosos aprendem que se espera deles pouco contato visual. 

4. Pupilas – As pupilas dilatam-se quando uma mentira é contada, isto devido à adrenalina que está percorrendo o corpo. Este indicador dependerá da gravidade da mentira. Pequenas mentiras podem não dilatar as pupilas. 

5. Postura – Mentirosos constantemente se sentem desconfortáveis em pé em frente de um acusador e pode evitar a visada direta. Em vez disso, poderão assumir uma posição lateral em relação ao interlocutor. Em geral, a posição lateral indica o desejo de encerrar a conversa. 

6. Sorriso – Os sorrisos falsos são limitados à boca. Quando um mentiroso sorri, por exemplo, apenas alguns dos músculos da boca entram em ação, faltando acionar o zigomático maior que produz uma elevação da bochecha e auxilia na formação do conhecido “pé de galinha”. 

7. Palmas das mãos – Mentirosos tendem a esconder as palmas das suas mãos. Isso também é instintivo. Mãos atrás das costas ou nos bolsos podem ser indicadores positivos. 

8. Uso de objetos – Mentirosos vão tentar colocar objetos entre si e seu interlocutor. Pode ser uma bolsa, pulseira, celular ou mesmo o próprio cabelo, se possível. Isso ocorre na tentativa não consciente de criar uma obstrução na sua direção, muitas vezes com algo tão simples como uma xícara de café. Esta é uma maneira inconsciente de tentar aliviar a tensão do encontro. 

9. Tom de voz – Um mentiroso altera o seu tom de voz que pode se tornar incompatível com os seus gestos ou declarações. 

10. Sarcasmo – Pessoas desonestas usam frequentemente o sarcasmo ao responder às acusações. 

11. Respostas a perguntas – Um mentiroso costuma utilizar as palavras da pergunta para responder. Isso é realizado na tentativa de ganhar tempo para elaborar as mentiras. Por exemplo, João: “Você teve relações sexuais com aquela mulher?” Pedro: “Eu não tive relações sexuais com aquela mulher”. 

12. Excesso de detalhes – Pessoas desonestas acrescentam pormenores desnecessários para a conversa, o que é uma tentativa de criar um cenário mais concreto para o seu interlocutor. 

13. Evitar respostas diretas – Mentirosos evitam negar a acusação de forma direta. Isto lhes permite evitar a mentira, fazendo declarações admissíveis . Ao fazerem isso, ganham a possibilidades de voltar atrás em suas respostas e alterá-las. 

14. Defensiva – Mentirosos adotam uma posição inicialmente defensiva ao passo que pessoas honestas tendem a receber acusações de forma hostil. 

15. Mudança de assunto – O mentiroso tenderá a propor a mudança de assunto. A tensão é aliviada com a crença de que a troca de assunto fará a questão ser esquecida. A pessoa honesta tenderá ao esclarecimento da falsa acusação, colaborando, já que não foi ela mesmo quem cometeu o deslize.



Quando a mentira entra no relacionamento, pode acabar de vez com a confiança que existia entre o casal. Quem mente passa a conviver com dois fantasmas: o da MENTIRA e o do MEDO de ser descoberto. Por mais que a gente acredite que não vai fazer mal contar uma mentirinha para o parceiro, uma coisa é certa: mentira tem pernas curtas e o mal feito nem pernas têm. E pior, não existe mentira positiva. Todas são negativas e têm poder suficiente para acabar com qualquer relacionamento, já que a base mais sólida das relações humanas é a confiança.  A pior coisa que existe é uma pessoa descobrir que foi enganada. Por isso, mesmo que a verdade seja dolorosa, é melhor optar por ela,  Assuma seu erro o mais depressa possível. Diga que mentiu, porque assim sua chance de ser perdoado é maior. 




O efeito desastroso da mentira.

Mentir pode causar danos irreversíveis à relação, pois o amor saudável se baseia, principalmente, na confiança. Sem confiança, não há tranqüilidade e o amor não amadurece. Quando um parceiro perde a confiança no outro, o relacionamento acaba. A sensação de sentir-se traído provoca muita dor e rompe com a parceria amorosa. O mentiroso jamais é perdoado, e aquele que foi enganado passa a desconhecer o outro, a questionar quem ele é,  verdadeiramente. Diante da descoberta da traição, a pessoa passa a acreditar que seu relacionamento todo foi uma grande mentira.

Veja o que a mentira pode causar:

•    Decepção: pela constatação de o parceiro não era exatamente quem a gente pensava que fosse.
•    Sentimento de fracasso: pelo erro de avaliação e de ter se apaixonado por alguém que não é confiável.
•    Desconfiança: é impossível permanecer num relacionamento se a capacidade de continuar apostando na relação foi destruída pela mentira.
•    Ressentimento: sentir-se desconsiderado, desrespeitado e traído provoca mágoa e raiva. O ressentimento é diretamente proporcional à expectativa que se tinha sobre o parceiro.
•    Desrespeito: o parceiro enganado, inconscientemente, se vinga do mentiroso e o clima entre o casal pode tornar-se hostil e perigoso.
•    Desinteresse: ao ser enganado, o parceiro interrompe o afeto que era dirigido ao outro. Passa a ver o mentiroso como alguém a ser evitado.
•    Ruptura: o amor não resiste. Mesmo que o sexo seja maravilhoso, também passa a ser questionado como possível encenação.

Estratégias para pegar o mentiroso

1. Não acuse - Insinue: O objetivo é fazer uma pergunta que não represente nenhuma acusação, mas que insinue o possível comportamento da pessoa.  


· Suspeita: Você acha que seu (a) namorado (a) foi infiel na noite passada. Pergunta incorreta: "Você andou me traindo?" 

· Pergunta correta: "Aconteceu alguma coisa diferente na noite passada?" Observe sua expressão corporal e alguma possível pista de preocupação e nervosismo com sua pergunta. Qualquer resposta do tipo: "Porque perguntou isso?" ou "Alguém te falou alguma coisa?", seguidas de um certo nervosismo, indicam forte preocupação por parte da pessoa. Ela não estaria preocupada em saber porque você está fazendo tal pergunta, a menos que pense que você pode estar sabendo o que ela não quer que você saiba. 



2. Situação semelhante: Aqui você vai apresentar uma situação semelhante à que suspeita que esteja acontecendo. O bom é que vai poder falar sobre o assunto sem parecer acusatório. 
· Suspeita: Você acha que seu (a) namorado (a) está lhe traindo. 
· Pergunta incorreta: "Você está me traindo com Fulana (o) de Tal?" 
· Pergunta correta: "Sabe, minha (meu) amiga (o) Fulana (o) de Tal me disse que está muito desconfiada (o) do (a) seu (sua) namorado (a). Ela (e) tem quase certeza que ele (a) está cometendo uma traição. Ele (a) fica muito estranho (a) e nervoso (a) quando ela (e) fala sobre histórias de traição. O que você acha disso?" Se a pessoa for culpada, ficará preocupada, constrangida ou embaraçada e vai querer rapidamente mudar de assunto. Porém, se a pessoa achar que sua pergunta é interessante e ela for inocente, poderá iniciar uma conversa a respeito da pergunta. Esta é uma forte indicação de inocência, porque ela não tem receio de discutir o tema e não está investigando por quê você faz a pergunta. 

3. Não é surpreendente?: Como no exemplo acima, aqui você vai abordar o assunto, mas de uma forma geral. Nos permitirá uma grande percepção de culpa ou inocência da pessoa. 

· Suspeita: Você desconfia que seu (sua) noivo (a) está saindo com outra (o) 
· Pergunta incorreta: "Você está saindo com outra (o)?" 
· Pergunta correta: "Olha que absurdo... Hoje minha (meu) amiga (o) Fulana (o) de Tal me contou que pegou seu (a) noivo (a) com outra (o). Não é impressionante como alguém consegue ser infiel e não ter receio de ser desmascarado?" Quaisquer respostas que demonstrem reações de embaraço, nervosismo ou constrangimento, seguidas de perguntas como: "Por que está me perguntado isso?", além de tentativas de mudança de assunto, demonstram grande carga de preocupação e culpa. 

4. Atacando o ego da pessoa. Aqui vamos usar o ego da pessoa contra ela própria. Vamos dizer a ela que jamais seria capaz de confessar, pois está sendo 'pressionada' por outra pessoa à não dizer a verdade e que essa pessoa manda nela. Esta técnica é muito usada por policiais. 

· Suspeita: Você tem quase certeza que Fulano (a) roubou sua empresa 
· Pergunta incorreta: "Vai confessar que roubou minha empresa, ou não?" 
· Pergunta correta: "Acho que já sei qual é o problema: Você não me diz a verdade porque alguém manda em você. Você não tem o poder para decidir isso. Tem outra pessoa por trás disso e você não quer 'ficar mal' com ela, não é?" O mais incrível é que geralmente as pessoas acabam confessando e se sentindo orgulhosas de ter feito isso. 

5. Indução: Aqui está uma poderosa técnica. Particularmente, já utilizei e obtive ótimos resultados. Elabore uma pergunta que restrinja sua resposta a algo que a pessoa pense ser positivo, de forma que ela não se importe em responder sinceramente. 

· Suspeita: Alguém viu seu (a) namorado (a) numa festa na noite passada. 
· Pergunta incorreta: "Você andou fazendo festa escondido de mim?" 
· Pergunta correta: "Ontem, você chegou em casa após as 24h, não foi?" Se a pessoa tiver ficado em casa, ficará livre para responder, mas se tiver, realmente saído, mesmo assim se sentirá a vontade em responder sinceramente, porque você deu a entender que já sabia e não havia problemas. O fato de a pessoa ter voltado para casa de madrugada não está em questão. O importante é que você conseguiu a resposta à verdadeira pergunta. 

6. Bumerangue psicológico: Com esta técnica, você diz à pessoa que ela fez algo bom, e não mau. Assim, ela ficará, completamente livre para lhe dizer toda a verdade. 

· Suspeita: Você suspeita que fulano (a) está roubando sua empresa. 
· Pergunta incorreta: "Fulano (a), você anda me roubando?" 
· Pergunta correta: "Ei, Fulano (a)! Acho que podemos nos tornar sócios muito ricos! Parece que você, ultimamente, tem 'passado à perna' em mim, mas está tudo bem. Nós podemos trabalhar juntos, seu (sua) espertinho (a)! Me conte mais sobre suas incríveis técnicas... Quero aprender tudo!" Você quer aparentar que está contente por saber o que a pessoa está fazendo. Ela não terá saída e vai se abrir para você. 
Outro exemplo: (Utilizado em entrevistas para emprego) 
· Suspeita: Você suspeita que o candidato à vaga oferecida mentiu sobre as informações em seu currículo. 
· Pergunta incorreta: "Fulano (a), você andou colocando informações falsas em seu currículo?" 
· Pergunta correta: "Fulano (a), nós dois sabemos que todo mundo inventa um pouco sobre seu currículo. Pessoalmente, acho que isso demonstra coragem, porque a pessoa não tem medo de assumir novas responsabilidades. Me diga, quais partes em que você foi mais criativo no seu currículo?" 

7. Paranóia: Esta técnica de sugestão é muito poderosa e pode induzir a um estado temporário de paranóia na pessoa - principalmente se várias pessoas falarem a mesma coisa. 

· Suspeita: Você suspeita que sua (seu) colega de trabalho está roubando o material de escritório da empresa 
· Pergunta incorreta: "Fulana (o), você anda roubando o material de escritório?" 
· Pergunta correta: "Fulana (o), acho que todo mundo já sabe sobre o material. Já reparou que, às vezes, eles ficam encarando você?" Se ela for mesmo culpada, vai se sentir encarada por todos e logo passará a aceitar a sugestão de que todos já estão sabendo do roubo. Você poderá verificar isso na sua expressão corporal de tensão e pavor, seguida de uma atitude de desconfiança diante das pessoas. Caso ela não seja culpada, não demonstrará nenhuma atitude e apenas vai achar que você está brincando com ela. 


matéria extraída de blogs e sites sobre relacionamentos

Por Cilene Rodrigues

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